terça-feira, 3 de novembro de 2009

Simples Viagem

“....Na minha idade
Velocidade de um avião
Os dias não passam
Não passam e vão
O tempo não cabe
O tempo é maior
Senhor do destino
Dono da direção...”
(Simples Viagem – Cidade Negra)
 


Agora que estou devidamente instalada em Dublin, consigo postar aqui sobre a minha viagem.

Depois de todo o desespero com o peso das malas, e o mico que paguei para pesá-las no veterinário, relaxei e sai para aproveitar minha ultima noite em São Paulo. Fui comemorar o aniversário de uma amiga em um rodízio de frutos do mar. Com exceção da aniversariante que confundiu a festa com um casamento, e chegou quando todos nós já achávamos que ela não apareceria, a noite foi maravilhosa!

Acordei no sábado com vontade de cortar o cabelo... Mesmo sem saber como ficaria, e faltando algumas horas para embarcar para Dublin, foi exatamente o que fiz. E não me arrependo rs.

Enfim, quando chegou a hora de embarcar, ainda tive 2 surpresas... minha mãe teve um ataque de maternidade e me mandou um e-mail lindo, porque não teve coragem para me falar pessoalmente, e meu sobrinho teve o primeiro acesso de choro por minha causa.

Minha irmã me deixou no aeroporto, um casal de amigos me fez companhia até a hora do embarque, e deu tudo certo. Minha companheira de aventura chegou no horário, fizemos o check in, declaramos os nossos equipamentos eletrônicos e embarcamos.

Foram quase 12 horas de viagem noturna até Amsterdan, e eu praticamente não dormi. Mas a adrenalina estava tão forte que nem senti sono. Quando desembarcamos para realizar a conexão me sentia como se tivesse dormido a noite toda.

O aeroporto de Amsterdan merece uma menção aqui. Primeiro porque é gigantesco, muito maior que os nossos Cumbica e Congonhas juntos... E segundo porque dentro dele existe um mundo a parte: vimos um museu, vários bancos, cabeleireiro, lanchonetes, lojas e mais lojas e até mesmo (acreditem!) um pub.

Ainda enfrentamos quase 3 horas de vôo para chegar em Dublin. E sem direito a refeição, que triste... (hehehe)

Cansadas, passamos pela imigração. Eu não tive problemas, mas a moça da National Gard irlandesa cismou com minha amiga. Demorou algum tempo para que ela fosse liberada, mas deu tudo certo. O problema foi que, devido a essa demora, tivemos que procurar nossas malas pelo aeroporto (que é tão grande quanto o de Amsterdan). Quando encontramos nossa bagagem, foi um alivio!

E depois disso, foi só alegria! Encontramos nossas amigas no hall, e foi uma bagunça que não passou despercebida... Agora eu entendo porque brasileiro tem fama de ser um povo festeiro: quando outras pessoas se encontram por aqui, a coisa é muito fria... é um aperto de mão, no máximo um abraço ou beijo tímido no rosto... enquanto nós beijamos, abraçamos, apertamos, falamos, gesticulamos, tudo ao mesmo tempo.

As meninas nos levaram de ônibus para a casa onde ficarei hospedada até minha volta. Transporte público por aqui é levado muito a sério, e não tivemos dificuldade nenhuma, nem mesmo para subir e descer as malas. Quando chegamos, fui apresentada a família que vai “me agüentar” por 2 meses. Já digo que são pessoas muito simpáticas e me acolheram muito bem. A dona da casa é um doce de pessoa, se esforçou para entender meu inglês tabajara, e me deixou muito a vontade.

Apresentações feitas, já estava morrendo de fome, e saímos para comer. Descobri que perto de onde vou morar tem um Mc Donald’s, e meu primeiro desafio nesse país maluco foi pedir um lanche para comer. Posso dizer que os lanches são diferentes do que temos no Brasil, e o gosto difere um pouco... o tempero é diferente, os molhos são diferentes... até o katchup é diferente. Mas isso não quer dizer que seja ruim, muito pelo contrário rs.

E, finalmente, minhas amigas levaram minha companheira de aventura para a casa onde ela vai se hospedar, e eu fui entregue novamente no meu novo “Home Sweet Home”, onde consegui dormir por mais de 12 horas seguidas!

No meu próximo post, vou contar para vocês como foi meu primeiro dia aqui. E foi realmente uma aventura!

Nenhum comentário:

Postar um comentário