domingo, 8 de novembro de 2009

Where The Streets Have No Name

“I wanna run, I want to hide
I wanna tear down the walls
That hold me inside.
I wanna reach out
And touch the flame
Where the streets have no name.
I wanna feel sunlight on my face.
I see the dust-cloud
Disappear without a trace.
I wanna take shelter
From the poison rain
Where the streets have no name…”
(Where The Streets Have No Name – U2)



Como prometi no post anterior, vou contar como foi minha aventura do primeiro dia de aula.

Chegamos no domingo a noite e nossas aulas de inglês começaram na segunda feira as 9hs. Para não ter problema, combinamos de nos encontrar na porta da escola as 8:30.

Minha casa é a ultima da rua, colada em um muro (alguém já viu uma avenida terminar num muro??), por isso não sai para o lado errado. Segui o fluxo de pessoas até o ponto de ônibus, e curiosamente, ele passou no horário que estava marcado no ponto.

O que percebi nessa cidade é que por falta de nome, as ruas de Dublin tem dois, um inglês, e um na língua nativa, que estou chamando de irrolandes, porque ninguém entende o que se fala. A grande questão é: de que adianta ter 20 nomes, se não existe placa??

Minha referência para descer na escola era um parque que tem na frente dela. O que eu não contava é que passei por 500 campos de futebol no caminho, e quando o ônibus entra na avenida da escola tem um também. Resumindo a estória: perdi a referência, perdi o ponto e fui parar no ponto final do ônibus, no centro da cidade.

Peguei o mesmo ônibus para voltar e ai sim, desci na porta da escola. Minhas amigas tinham acabado de chegar, e a professora nem tinha aparecido ainda. Quando ela chegou, fomos para a aula e descobrimos que nos colocaram no nível avançado, e tivemos dificuldade para acompanhar a aula. Quando acabou, fizemos um teste de nivelamento, e fomos conhecer o centro da cidade.

Passamos a tarde inteira passeando, seguindo um rio que corta a cidade, e encontramos nossa amiga que mora em Dublin as 17hs, na Spire (um monumento em forma de agulha, que fica no centro da cidade). Ela nos levou até um pub, para comermos alguma coisa e contarmos para ela como foi nosso dia.

Quando terminamos, começou o desafio de voltar para casa a noite e com chuva. Para minha tristeza, peguei o ônibus errado, e fui parar em um hospital. Desse hospital, peguei o mesmo ônibus e quando achei que estava em um lugar conhecido, desci. Só para descobrir que essa cidade é um fractal gigante!

Decidi voltar para o centro da cidade e começar de novo, e peguei um outro ônibus que indicava passar lá. Mas o ônibus estava indo para o final, e eu só descobri quando o motorista gritou: Last Stop!!

Esse ainda foi gente boa comigo, acho que percebeu que eu estava perdida e me perguntou para onde eu estava indo. Com eu inglês tabajara expliquei que precisava voltar para o centro da cidade. Ele me indicou o ônibus da frente, e ainda foi falar com o motorista, para me avisar quando estivesse no centro da cidade.

Enfim, tudo correu bem, quando cheguei no centro, já estava num lugar realmente conhecido. Peguei o ônibus certo e fui para casa. Foi então que descobri que minha linha só circula até as 23:30. E já era quase 23hs. Por pouco não fico na rua...

Cheguei esgotada, com o cansaço acumulado da noite mal dormida no avião... mas, muito feliz com o dia que tivemos e por ter conseguido voltar para casa rs.

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